domingo, 18 de outubro de 2009

Alguém quer ser campeão?


É a terceira rodada seguida do campeonato brasileiro em que líder e vice-líder trocam gentilezas e seguem empacados. Parece que o São Paulo se esforça em facilitar as coisas para o Palmeiras, que, aparentemente, se recusa a aceitar tamanha cortesia. Enquanto isso, Internacional e Atlético Mineiro foram ressuscitados, e tentam botar as manguinhas de fora.

Já fazem algumas rodadas que Palmeiras e São Paulo são considerados os únicos candidatos ao título do campeonato brasileiro. Claro que, matematicamente, outros times têm condições, mas os dois paulistas aparentavam ser mais fortes que seus concorrentes. Na 25° rodada, o tricolor tropeçou feio, e empatou com o Santo André, em Ribeirão Preto. Na rodada seguinte, ficou no 1 a 1 no clássico contra o Corinthians. Nessas mesmas duas rodadas o Palmeiras venceu seus jogos e abriu cinco pontos de vantagem.

A tarefa do São Paulo, de alcançar o time de Muricy Ramalho, já era difícil. Apesar de não jogar bem, o Palmeiras demonstrava muita solidez e confiança. Mas o time de Ricardo Gomes queria deixar as coisas mais complicadas ainda. Na 28° rodada o São Paulo empatou em pleno Morumbi com o Coritiba, que ocupa a parte de baixo da tabela. Um dia depois, o Palmeiras enfrentaria o Avaí no Palestra Itália. Oportunidade perfeita para aumentar a vantagem para sete pontos. No entanto, a equipe verde suou muito para conseguir empatar. Na rodada seguinte foi a mesma coisa. Tricolor perdeu fora de casa para o Flamengo e o Palmeiras apanhou do Náutico em Pernambuco.

E nessa 30° rodada, pela terceira vez consecutiva, os dois rivais trocaram gentilezas. Dentro de casa, o São Paulo não jogou nada, e perdeu para o Atlético Mineiro, 1 a 0. Dentro de casa, o Palmeiras não jogou nada, e perdeu para o Flamengo. A sete rodadas para o fim, fica a pergunta. Alguém quer ser campeão?
Claro que o maior prejuízo é o são-paulino, que é quem precisa descontar a vantagem do rival. Mas é estranho perceber que os dois, considerados favoritos ao título, estejam jogando tão mal. Que estejam com tantas dificuldades para vencer suas partidas. Os dois não estão mostrando bom nível técnico. O São Paulo é uma equipe com jogadores em decadência técnica, como Washinton e Jorge Wagner, e convive com desfalques, ou por contusões, ou por cartões estúpidos que jogadores, estupidamente, não param de os receber. Já o Palmeiras tem um elenco pequeno, de reservas limitados.

Enquanto isso, Atlético Mineiro e Internacional, que só tinham chances matemáticas de título, um porque tinha elenco fraco e o outro porque não estava jogando nada, começam a voltar a acreditar que têm chances reais de serem campeões. Mas será que esses querem ser campeões? O Galo derrotou o São Paulo no Morumbi e lhe tomou a vice-liderança. Já o Inter empatou com o lanterna Fluminense e, ao invés de estar a três pontos do líder, está a cinco, assim como o tricolor paulista, que caiu para a quarta posição.


Querer ser campeão, todo mundo deve querer. Mas o nível do brasileirão esse ano caiu em relação aos três anos anteriores. Por isso, querer não é poder.

Crédito da foto: Keiny Andrade A/E

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

Alonso na Ferrari. E massa?


Ontem a Ferrari confirmou uma notícia que já era esperada, principalmente pelos jornais espanhóis. Fernando Alonso será piloto da equipe italiana em 2010. O contrato tem validade de três anos. Quem perde o lugar é Kimi Raiokkonen, e o espanhol bi-campeão terá Felipe Massa como companheiro. Sem dúvida uma contratação de peso. Mas como funcionará a dinâmica de trabalho entre Fernando e Felipe?

A dúvida é levantada por causa de duas lembranças. Primeiro a maneira como a Ferrari trabalhou de 2000 à 2005, quando teve como pilotos Michael Schumacher e Rubens Barrichello. Naquele tempo, todas as forças da equipe eram voltadas para as vitórias do alemão, e Rubinho era, claramente, relegado a segundo plano. Há aí duas coisas a serem ponderadas. Schumacher era um piloto muito superior aos outros e sempre teve bem mais chances de título do que seu companheiro brasileiro, mesmo com a qualidade técnica que Barrichello tinha, e tem. É verdade que essa preferência era muitas vezes exagerada e desnecessária. Mas aí entra a segunda coisa a ser ponderada. O comando da Ferrari era totalmente diferente. O chefe era Jean Todt, e o estrategista, Ross Brawn.

A nova direção da escuderia já avisou. Massa e Alonso serão tratados com igualdade. Escaldado, Rubinho já deu declarações duvidando disso, mas afirmando que torce, pelo amigo Felipe, que isso seja verdade.

A outra lembrança que levanta dúvidas sobre como será a convivência entre Alonso e Massa é mais recente, e envolve o próprio piloto esoanhol. Em 2007 Fernando chegou à McLaren como a grande contratação da equipe. Mas ele não suportou o fato de que o jovem inglês Lewis Hamilton tinha ótimo desempenho e brigava com ele pelo título daquele ano. Alonso exigia que a equipe desse prioridade a ele. Resultado, foi embora depois de apenas uma temporada.

Fato é que a Ferrari investiu alto. Para ter Alonso, ela demitiu Raikkonen, que ainda tinha um ano de contrato em vigência. Isso quer dizer que deverá pagar multa alta para o finlandês. Ou seja, as expectativas pelo desempenho do espanhol são muito grandes. Se ele começar a próxima temporada com resultados melhores que os de Felipe, é provável que equipe passe a depositar todas as suas fichas nele, e deixe o brasileiro em segundo plano. Sem contar que Alonso já é bi-campeão, e Felipe ainda não tem título.


Cabe a Massa voltar bem à Fórmula 1 e mostrar que têm condições de superar o espanhol, um dos melhores pilotos dos últimos anos da categoria. Agora, dúvidas a parte, uma coisa podemos ter certeza. A contratação de Alonso pela Ferrari esquenta muito a Fórmula 1 em 2010.

Crédito da foto: EFE

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Será que é hora de questionar o nível?


Ao conquistar de maneira inquestionável do título do US Open, no último domingo (13), a belga Kim Cijsters acabou levantando, sem intenção nenhuma, discussão polêmica. O nível do ranking feminino de tênis está em baixa?

Esse questionamento já havia sido feito no ano passado quando a sérvia Jelena Jankovic assumiu a liderança do ranking sem nunca ter conquistado um título de grand slan. Esta situação segue, com a russa Dinara Safina como líder. Neste domingo, Kim Clijsters conquistou o US Open após ter ficado parada por dois anos e meio. Após ter feito bela carreira entre o final dos anos 90 e o início deste século, a belga anunciou sua aposentadoria porque queria ser mãe. Este ano decidiu que queria voltar ao circuito. E no seu terceiro torneio apenas, sagrou-se campeã demonstrando clara superioridade. Nunca antes uma tenista não ranqueada havia vencido um grand slan. A própria Clijsters afirmou que não esperava a vitória. “Tinha voltado para ver como estavam as coisas, para recuperar sensações”.

Duas coisas devem ser consideradas. Primeiro que o caminho de Clijsters foi facilitado pela queda precoce de favoritas como Maria Sharapova, Kusnetsova e Dementieva. Segundo que ela sempre foi uma tenista de topo, por isso não é uma surpresa ela mostrar qualidade em sua volta. Mas, mesmo assim, é até compreensível alguns torcedores e especialistas questionarem o nível técnico do tênis feminino atual.

Comparar o ranking feminino com o masculino é injusto e, até mesmo, impossível. Podemos comparar situações. Por exemplo, é inconcebível imaginarmos um tenista como primeiro colocado sem ter conquistado um dos quatro torneios mais importantes do ano. É difícil imaginarmos um tenista disputando poucos campeonatos e seguindo entre os primeiros, como acontece com Serena Williams.

Depois de erguer a taça, Kim Clijsters não falou sobre projetos de carreira, ou disputa de próximos campeonatos. Ela falou apenas em “recuperar a rotina de família”. Enquanto isso, torcemos para que Maria Sharapova, Ana Ivanovic, Jelena Jankovic e Elena Dementieva, entre outras, recuperem o alto nível que sabemos que têm, para voltarem a abrilhantar o ranking feminino.

terça-feira, 11 de agosto de 2009

Não é o desmanche, é a realidade


Há algumas semanas torcedores, e alguns jornalistas, têm falado muito sobre um desmanche no elenco do Corinthians. A queda de rendimento do time no Campeonato Brasileiro comprova que a diretoria errou ao vender três de seus jogadores titulares. Mas a verdade é que o êxodo da equipe não é tão grande. O problema, é que o elenco não era tão bom.

O Corinthians não foi o melhor time do primeiro semestre por possuir o melhor elenco. Longe disso. Ele foi o melhor por conta de uma grande trabalho de seu técnico, Mano Menezes, que iniciou a preparação para esta temporada em dezembro do ano passado. O forte da equipe era o conjunto, que tinha como cereja no topo do bolo, simplesmente, Ronaldo.

Mesmo em sua melhor fase ficava claro que o Corinthians não possuía grandes peças de reposição, e sofria quando necessitava delas. Mesmo os jogadores considerados titulares não podiam ser considerados grandes atletas. Isso deixa mais claro ainda a força coletiva que a equipe possuía, pois realizou grandes partidas e venceu o Campeonato Paulista e a Copa do Brasil com jogadores, na sua maioria, medianos.
As reclamações e cornetagens passam a impressão que o Corinthians deixou grandes craques irem embora. André Santos, Cristian e Douglas são grandes jogadores? Aonde eles se destacaram antes do Corinthians? Em times pequenos ou médios. Não dá para dizer que o time está mal pela falta da qualidade desses atletas. O fato é que o elenco é pequeno e não tem muita qualidade. Perder três titulares prejudica a coletividade, o ponto alto do trabalho de Mano Menezes. Sem Ronaldo então, que está se recuperando de cirurgia na mão e de lipoaspiração, a coisa fica menos qualificada ainda.


É preciso ressaltar que o Corinthians não tinha 100% dos direitos federativos dos atletas que foram vendidos. Eles, como a maioria dos jogadores, hoje em dia, eram “fatiados” entre vários empresários diferentes. Por isso o time também não arrecadou muito.

Mas é possível fazer uma reflexão. Por que o Corinthians tem um elenco defasado? Seria pela opção em usar quase 100% do dinheiro que recebe dos patrocinadores secundários para pagar os salários de Ronaldo? O fenômeno recebe mais de R$ 1 milhão por mês. Será que vale a pena, a longo prazo? O restante do Campeonato Brasileiro e a campanha do ano que vem é que responderão.

sábado, 1 de agosto de 2009

No hall dos maiores


Não que ele precisasse. Mas neste sábado, 1° de agosto, César Cielo provou que não é apenas um ídolo do esporte brasileiro. Ele é um dos grandes do esporte mundial.

Ao conquistar a medalha de ouro nos 50m livres do mundial de Roma, Cielo tornou-se apenas o segundo nadador da história a ser campeão olímpico e mundial da categoria. Antes dele só o russo Alexander Popov havia conseguido esse feito. Nas olimpíadas de Barcelona em 1992 e, dois anos depois, no mundial de Roma. A mesma Roma em César fez história.

Cielo se colocou ao lado de Popov, um dos maiores velocistas da história da natação. Seu recorde olímpico, estabelecido em Barcelona, durou quatro olimpíadas. Foi exatamente Cielo quem o quebrou, em Pequim, no ano passado.

Michael Phelps, já o maior nadador da história, afirmou. Entre os velocistas, César Cielo é o cara. “He´s the real deal”, disse o mega campeão.

Cielo é celebrado na Europa, nos EUA e na Austrália. Isso porque reconhecem sua técnica e brilhantismo. Isso, porque César ultrapassa a barreira de seu país. Ele não é apenas um ídolo brasileiro, ele é um ídolo do esporte mundial.


César Cielo se colocou no hall dos maiores.

Crédito da foto: EFE

sexta-feira, 31 de julho de 2009

O maior


Depois de ter se tornado o primeiro brasileiro a ser campeão olímpico, César Cielo conquistou outra marca. É o maior nadador da história do País.

Ao vencer a final dos 100m livres no mundial de esportes aquáticos, em Roma, quebrando recorde mundial, Cielo não se tornou apenas o nadador mais vencedor do Brasil. Ele se tornou um dos maiores ídolos do País.

Para este fato, há duas explicações. Uma feliz, outra uma constatação meio triste. A feliz diz respeito à qualidade de César. Sua técnica é impressionante, especialmente aliada a sua força física. Isso, ao ponto do mega campeão Michael Phelps dizer que, após ter assistido a prova de Cielo, teve certeza que não venceria, de maneira nenhuma, os 100m. Concentração não falta ao nadador brasileiro, que ainda tem muito pela frente. Vale lembrar que os 100m não são sua especialidade e sim, os 50m, que vêm aí.

A explicação mais triste diz respeito à situação do esporte brasileiro. Estamos acostumados com conquistas do futebol. De uns tempos para cá, também nos acostumamos com o brilhantismo de nosso vôlei. Mas como a lista de grandes estrelas de esportes individuais é pequena, ao menor sinal de conquista, elas são alçadas à alcunha de ídolos. Não dá para dizer que duas medalhas de ouro (uma no mundial e outra nas olimpíadas), além de uma de bronze em Pequim sejam pouca coisa. Mas quando comparamos essas conquistas com as de Michael Phelps, ou Ian Thorpe, não parece? De qualquer forma, isso não é culpa de Cielo. Acontece que ele é um fora de série, e não um fruto da natação brasileira.Os Correios patrocinam o esporte há quase 20 anos no Brasil, no entanto temos pouco para comemorar. Praticamente, apenas César. Há algo de errado na natação brasileira, e não um sinal de crescimento. Essa observação é de Ricardo Prado, o único brasileiro, antes de César, a ser campeão mundial, há 27 anos atrás.

Mesmo com o dinheiro da estatal, Cielo só é o que é, por causa de sua família, que tinha condições de bancar o sonho do filho de ser atleta. Ele teve que ir treinar na Universidade de Auburn, nos EUA, para desenvolver seu talento, no momento em que ele precisava ser desenvolvido. Por aqui, o cara precisa primeiro ganhar, para depois ser incentivado.

Vamos deixar uma coisa bem clara. Independente da situação do esporte brasileiro, ou das conquistas de outros grandes esportistas, César Cielo merece ser ídolo, e é sim o maior nadador da história do País. Isso, porque Cielo conquistou muito, apesar do Brasil. Quer
dizer, apesar de o país não possuir nenhuma espécie de política esportiva.

Ave César. Viva Cielo. Ele fez história.

Crédito da foto: EFE

quinta-feira, 16 de julho de 2009

The inportance of being vice


Na canção The Inportance of Being Idle, Noel Gallagher, do Oasis, canta sobre a importância de ser vadio. Não ter dinheiro, não trabalhar duro, pode não ser algo ruim. As pessoas podem se recusar a se encaixar nesse sistema de viver para trabalhar e contribuir com o enorme caixa da sociedade. Por que não utilizar o tempo ocioso para refletir, criar, imaginar possibilidades de haver uma sociedade melhor, enfim, ser uma pessoa melhor?

No caso do Cruzeiro (e isso vale, na verdade, para qualquer equipe esportiva brasileira), por que não se sentir feliz com o segundo lugar na Copa Libertadores da América? Afinal, aquele comentário de que o segundo é o primeiro dos últimos não passa de um pensamento mesquinho, arrogante e idiota.

De 32 times que avançaram para a fase de grupos do mais importante torneio das américas, apenas dois chegaram a grande final. O Cruzeiro foi um deles. E a raposa não chegava a uma decisão de Libertadores desde 1997, quando foi campeã. O vencedor dessa vez, foi o Estudiantes, merecidamente. Mas isso não apaga (não pode apagar) a ótima campanha feita pelo time mineiro nesta edição do campeonato. Não apaga o fato de que este Cruzeiro é um grande time, que revelou bons jogadores e firmou Adilson Batista como um treinador de primeira linha.

O problema é que no Brasil, essas derrotas em finais, normalmente significam catástrofes. O clube derrotado baixa a cabeça, sai dos trilhos e realiza péssima campanha no Campeonato Brasileiro pelo resto do ano. Sem razão. O vice-campeonato, a segunda posição, a medalha de prata têm grande valor. E o Cruzeiro, e todas as equipes brasileiras, precisam aprender sobre a importancia de ser vice.


Crédito da foto: Reuters

Eles não são vilões


Arrogantes, catimbeiros e maldosos. É por isso que os argentinos ganham as decisões contra os brasileiros. Com todo respeito, isso é conversa de Globo e Sportv, que sempre transformam os adversários estrangeiros em grandes vilões. Os times brasileiros são sempre os mocinhos, os melhores, que são derrotados por causa de artimanhas maléficas arquitetadas pelo time malvado. Isso, chama-se patriotada, nacionalismo, e é uma maneira pobre de se analisar a realidade de um jogo.

Em 12 finais disputadas entre brasileiros e argentinos, o Brasil-sil-sil ganhou apenas três. A última delas em 1992, quando o São Paulo de Telê Santana venceu o Newel´s Old Boys nos pênaltis. Será que o mal prevalece tanto assim? E não são só os argentinos. Não nos esqueçamos do ano passado, quando o Fluminense, dos confiantíssimos Renato Gaúcho e Thiago Neves, foi derrotado pela LDU, do Equador.

A verdade é que grande parte da torcida e da imprensa brasileira tem a mania irritante de achar que a catimba de lá é sempre pior. Que a tradição de cá é sempre maior. E que os que jogam por aqui são sempre melhores. Vamos analisar: Na finalíssima da Libertadores, Kleber tentou cavar faltas e cartões desde o primeiro minuto do jogo. Welinton Paulista tentou cavar pênalti pelo menos três vezes. Isso também não é catimba? Jogador brasileiro adora se jogar e simular contusões. Será que isso não é maldade?

O Estudiantes venceu a Libertadores no campo, jogando melhor, demonstrando maior controle e reagindo bem nos momentos difíceis da partida. Assim como o Boca venceu o Santos e o Grêmio, e a LDU derrotou o Fluminense. Ao invés de procurar vilões, os times brasileiros que chegam às decisões precisam encontrar maneiras de serem mais controlados e efetivos nos jogos finais.


O Estudiantes não é um time vilão. É uma equipe tradicional, que fez ótima campanha e, merecidamente, conquistou o tetra campeonato da Copa Libertadores da América. Ou seja, ganhou mais vezes que qualquer time bonzinho do Brasil-sil-sil.

Crédito da foto: Reuters

domingo, 12 de julho de 2009

A alma lavada do Galo


Neste Domingo o Atlético-MG conquistou uma vitória que precisava muito. Muito mesmo. Não por estar mal na tabela, pelo contrário. O time, aliás, assumiu a liderança do Campeonato Brasileiro com 21 pontos. É que com a vitória por 3 a zero sobre o Cruzeiro, a equipe quebrou um jejum incômodo, de 12 jogos sem vencer o eterno rival.

Tudo bem que o Cruzeiro jogou com o time reserva. Pouco importa. Depois de ser goleado em duas finais de campeonato mineiro pela raposa, o galo precisava lavar a alma. E fez isso com estilo.

Vitória por 3 a zero, demonstrando superioridade durante toda a partida, a retomada da liderança do Brasileirão e a quebra do jejum de triunfos contra o rival. Além disso, ainda evitou que o Cruzeiro igualasse a sua marca histórica de 13 jogos sem vitória no clássico. Depois de 10 derrotas e dois empates contra a raposa, o Atlético precisava dessa vitória. E daí que foi contra os reservas? E daí que o cruzeirense Zé Carlos foi expulso aos 12 segundos do primeiro tempo (recorde da história do campeonato) por cotovelada em Renan? O galo precisava vencer. Venceu e convenceu.

O Atlético vive um momento importante. Time de imensa tradição, faz tempo que não tem campanha de time grande em campeonatos nacionais. A última vez foi em 1999, quando chegou à final do Campeonato Brasileiro, contra o Corinthians. E mesmo no âmbito estadual, vinha sendo humilhado pelo grande rival, o Cruzeiro. Agora, o Atlético mostra um ótimo começo. Mas depois de tanto tempo, um começo não basta. O galo precisa mostrar que ainda tem camisa que o credencie a disputar as primeiras posições da tabela. O trabalho de Celso Roth e seu elenco será duro. Mas, pelo menos, as costas estão um pouco mais leves. A alma foi lavada.


Crédito da imagem: Agência Estado

O melhor brasileiro é Felipe Massa


Rubens Barrichello tem mais experiência e, nesta temporada, um carro bem melhor. No entanto, Felipe Massa é o melhor piloto brasileiro da Fórmula 1.

Mesmo com carro instável e imprevisível, Massa tem feito corridas em que mostra braço, agressividade e controle, além de uma clara evolução de sua pilotagem dos últimos anos para cá. Verdade que ele ainda não venceu em 2009, mas não fossem algumas trapalhadas da Ferrari ao longo deste campeonato, poderia ter conquistado resultados melhores.

Com o carro que a Ferrari desenvolveu para 2009, e com a bela temporada de Brawn e RBR, é impossível ver Felipe disputando o título desse ano. Na verdade, é improvável que ele vença corridas por enquanto. Mas quem têm prestado atenção em suas corridas, percebe que apostar em sua qualidade é uma boa aposta. Tanto que sua equipe provavelmente continuará pagando os altos salários de seu companheiro Kimi Raikkonen sem que ele corra, para manter Felipe ao lado de Fernando Alonso, que deve ser anunciado para 2010.

Na corrida deste domingo, na Alemanha, Felipe mostrou, mais uma vez, sua competência. Largou em oitavo, logo na largada pulou para quarto, e terminou em terceiro. Isso com mais uma trapalhada de sua escuderia, que cometeu erros em seu segundo pit stop. Tinha chances de terminar em segundo.

O vencedor da corrida foi o australiano Mark Weber, seguido por seu companheiro de RBR Sebastian Vettel. Rubens Barrichello, que largou em segundo e liderou grande parte da corrida. Chegou apenas em sexto. É verdade que a Brawn não o ajudou nada nesta etapa. Uma falha na mangueira de reabastecimento o jogou para trás na disputa. Ao final da corrida, Rubinho ainda reclamou que precisou ceder a quinta posição para seu companheiro, Jenson Button, atual líder da competição. Acontece que Rubinho vem reclamando da equipe desde o início da temporada. Reclamações que não procedem. A verdade é que ele tem o melhor carro do grid, ainda não conseguiu vencer e está cada vez mais longe de seu companheiro no campeonato de pilotos.

Estes fatos deixam cada vez mais clara a maior competitividade de Felipe Massa, em relação ao seu compatriota. Barrichello não pode ser motivo de chacotas, como alguns jornalistas adoram fazer com ele. Trata-se de um piloto experiente, ótimo acertador de carros, com grande técnica e muito respeitado no circo da Fórmula 1. Mas não é difícil imaginar que, se Massa estivesse na Brawn esse ano, o Brasil teria um pouco mais de chances de ter um campeão mundial.

domingo, 5 de julho de 2009

Vitória épica de significado épico


Já faz algum tempo que as vitórias de Roger Federer apresentam algum significado histórico. Aliados ao seu jogo quase perfeito, seus resultados o impulsionavam para cada vez mais perto da alcunha de maior jogador de todos os tempos. Hoje, em Winbledon, ele tornou-se, simplesmente, o maior vencedor de grand slans da história. Com seu 15° título ele superou os 14 do grande Pete Sampras, que foi derrotado por Federer na final de Winbledon, em 2001. De quebra ele recuperou a primeira posição no ranking mundial, superando Rafael Nadal que, lesionado, só pode assistir.

Mas uma conquista tão significativa não poderia ser tão simples, mesmo para Roger Federer. A final contra o americano Andy Roddick foi épica. Três sets a dois com 16 a 14 no quinto set. O suíço conseguiu apenas uma quebra de serviço durante toda a partida, exatamente no set derradeiro. Contra Roddick, um exímio sacador, Federer demonstrou calma, técnica e estratégia precisa para vencer dois tie breks.

Sobre Roddick, é importante reconhecer sua evolução nesta temporada. Por muito tempo ele foi conhecido como um jogador que tinha no seu saque seu único trunfo. Mas Roddick fez um Winbledon impecável, mostrando qualidade para defender-se, uma variedade maior de golpes e mais paciência para definir os pontos. Paciência, aliás, era algo que faltava ao americano. No entanto, contra um Federer determinado a virar história viva, Roddick seguiu sua sina de freguês do suíço. Agora são 19 vitórias de Roger contra duas de Andy.

Federer agora soma seis títulos de Winbledon, três da Austrália, cinco US Open e um Roland Garros. Ele atingiu seus feitos mais rápido e mais jovem que Sampras, o que é um indicativo de que mais ainda pode estar por vir. Nadal, quando estiver recuperado, com certeza voltará a incomodar, mas nada tirará de Federer suas vitórias de siginificados épicos.

segunda-feira, 29 de junho de 2009

A reação brasileira


A vitória que deu o título da Copa das Confederações à seleção brasileira não foi simplesmente uma demonstração de poder de reação do Brasil. Sim, foi uma virada espetacular contra os EUA. Após terminar o primeiro tempo perdendo por 2 a 0, e jogando mal, a equipe voltou para o segundo tempo com uma atitude totalmente diferente. Partiu para cima, criou as oportunidades e marcou os três gols que lhe deram o título. Mas a principal virada não é essa, que aconteceu na final, mas sim a que se consolidou durante o torneio, e vem acontecendo há algum tempo. Um longo caminho de dois anos e meio.

Quando Dunga começou como técnico da seleção, muitas dúvidas foram levantadas com relação ao seu trabalho. E com razão. Ele nunca havia trabalhado como treinador, e seu primeiro trabalho é logo na principal equipe do mundo. E, sejamos claros, seu começo não foi nada animador. Convocações bastante questionáveis e um time sem padrão nenhum, que dependia da sorte e de um bom dia de algum jogador. Não dá para esquecer que Afonso, Carlinhos (lateral reserva do Santos), Morais e Richarlyson, entre outros, foram convocados sem merecerem.

A seleção não demonstrava grandes avanços e muito se falava sobre a condição de Dunga em seu cargo. Ele seria apenas um tapa buraco, uma espera para a volta de Felipão, depois da Eurocopa 2008, ou a preparação de terreno para que Muricy Ramalho, ou Vanderlei Luxemburgo, assumissem antes da Copa. É possível que Ricardo Teixeira possa ter pensado em tais planos quando contratou Dunga, em uma clara maneira de mostrar mudanças radicais aos torcedores, revoltados com a campanha de Parreira em 2006. Fato é que as vitórias foram segurando Dunga com técnico.

O título da Copa América deu ao treinador motivo para tripudiar em cima de seus críticos e sentir-se mais seguro na CBF. No entanto era difícil parar as críticas, pois a seleção jogou mal demais aquele torneio, passando com imensas dificuldades por adversários pífios. O único bom jogo do time foi na decisão, contra a eterna rival Argentina. Apesar de Dunga reclamar de perseguição por parte da imprensa, a verdade é que as críticas foram diminuindo ao mesmo passo em que a seleção demonstrava evolução.

O título da Copa das Confederações trouxe para o País mais do que a taça. Trouxe também a confiança de que a seleção brasileira encontrou seu jogo. Alguns podem torcer o nariz para o jogo de contra-ataques e velocidade do time, mas isso é questão de gosto, e não de debate sobre qualidade. A seleção agora tem padrão, tem consistência, é confiante. Seus principais jogadores finalmente se mostram confiantes para assumirem seus papéis de liderança dentro do grupo, o que melhora seus desempenhos individuais dentro de campo. O maior exemplo disso é Kaká.

O momento é sim de elogios, mas Dunga sabe que isso muda rapidamente. O Brasil ainda têm alguns problemas (e qual seleção não os tem?). Por aqui, só um título importa, o da Copa do Mundo. Outras conquistas são consideradas pequenas por torcedores e imprensa. Um pouco por típica arrogância brasileira quando o assunto é futebol, mas também por causa do tamanho da seleção brasileira. Vale lembrar que Parreira também foi campeão da Copa América e da Copa das Confederações antes do Mundial de 2006.


Crédito da foto: Paulo Whitaker/Reuters

quinta-feira, 18 de junho de 2009

Um grande passo


No primeiro jogo da grande final da Copa do Brasil, disputada entre os, reconhecidamente, dois melhores times da competição, foi o Corinthians quem deu um grande passo para a conquista da taça. Nesse embate, que é visto como o duelo entre o time da solidez e o time da beleza, a equipe paulista confirmou a força de sua coletividade. Já o Internacional, expôs suas fragilidades.

Quando foram confirmados os times da final, este blog avisou: Calma lá com os elogios para os dois finalistas. O Corinthians é uma equipe forte sim, mas depende de jogadores de técnica não muito apurada e um tanto quanto irregulares. Quanto ao Inter, tem sim um jogo bonito e envolvente, mas não em todos os jogos e nem durante todo um jogo. Na partida de ida, no Pacaembú, o Corinthians mostrou, mais uma vez, como é uma equipe bem armada pelo seu técnico, e como seus jogadores, mesmo os irregulares, conseguem cumprir corretamente seus papéis fazendo o time funcionar muito bem dentro de campo. O Inter não foi mal, teve boas chances de gol. Mas desfalcado de D´Alessandro, Nilmar, Kleber e Bolivar não conseguiu ser tão envolvente e eficiente quanto costuma ser. Mas como já havíamos avisado, a equipe de Tite não tão incrível como os comentaristas de melhores momentos costumam dizer. Dos quatro jogos que os gaúchos disputaram em junho, foram três sem marcar um único golzinho. Na Copa do Brasil, onde o gol fora de casa é importantíssimo, o Internacional deixou de marcar na casa do Coritiba, Flamengo, União de Rondonópolis e agora contra o Corinthians.

Com os 2 a 0 conquistados em São Paulo, o Corinthians ficou mais perto do título, que seria seu terceiro da competição. Ao Inter, cabe voltar a ser mais eficiente, pois precisa marcar três e não sofrer nenhum gol para ser campeão no dia primeiro de julho, no Beira Rio. O passo do Corinthians foi grande, mas a caminhada ainda não acabou.


Crédito da foto: Nilton Fukuda A/E

quinta-feira, 11 de junho de 2009

Os novos galáticos


Depois de anunciar a contratação de Kaká, por aproxidamamente 65 milhões de euros, o Real Madri confirmou na manhã desta quinta-feira o acerto com o Manchester United, pela aquisição de Crsitiano Ronaldo. O valor deste negócio é de aproximadamente 95 milhões de euros. Não há dúvidas de que o presidente Florentino Perez está tentando reeditar os galáticos no Santiago Bernabeu. Em sua primeira passagem pela presidência do clube, Florentino contratou Figo, Zidane, Ronaldo e Beckham.

O presidente do Madri acredita que a contratação de grandes estrelas é a única opção do clube para voltar a impor respeito no cenário mundial. Essa tese vai de encontro com a realidade dos dois clubes mais vencedores desta temporada, o Barcelona e o Manchester United. Não dá para dizer que esses clubes têm elencos baratos, longe disso, mas o modo como montam esses elencos é o que chama atenção. O Barcelona, campeão europeu, tem no seu time titular sete pratas da casa. O Man United é conhecido por contratar jovens promessas e formá-las dentro do clube. Caso, por exemplo, de Cristiano Ronaldo. Exemplos de times que saem contratando jogadores a peso de ouro são os ingleses Chelsea e Manchester City. O Chelsea até tem conseguido alguns títulos, mas ainda não atingiu seu maior objetivo, a Champions League. Já o City, teve uma temporada patética.

Na primeira vez em que Florentino montou os galáticos, a brincadeira deu certo no começo. O time foi campeão europeu e mundial em 2002 e espanhol em 2003. Mas depois disso, as estrelas viraram problemas, gerando dívidas, brigas e rupturas dentro do clube. Tudo isso o Madri vinha tentando consertar nesses últimos anos, mas sem grandes conquistas.

Para os que acham que que depois de Kaká e Cristiano Ronaldo Florentino parará com as contratações bombásticas, ele avisa. Tem 300 milhões de euros para gastar com contratações. O que levanta outra importante questão: Em um momneto de crise econômica mundial, e dentro de um clube que sabidamente possui dívidas milionárias, de onde Florentino Perez tira tanto dinheiro?

Outra questão, essa mais divertida, é como o técnico Manuel Pelegrini montará esse novo Real Madri. Alguém têm sugestões? Abaixo faço a minha tentativa, sem imaginar novas contratações que devem acontecer.


Cassilas, Sérgio Ramos, Pepe, Heinze e Marcelo

Gago, Diarrá e Sneijder

C. Ronaldo, Kaká e Nistelroy

segunda-feira, 8 de junho de 2009

Histórico!


Histórico, simplesmente histórico. Essa é a avaliação justa da conquista de Roger Federer no último domingo em Paris. Às vezes temos dificuldade em perceber o quanto um fato que ocorre no presente é significativo, e pode levar anos para percebermos que presenciamos a uma bela página da história do esporte ser escrita.

Ao vencer o sueco Robin Soderling por 3 sets a 0 e sagrar-se, pela primeira vez, campeão de Roland Garros, Roger Federer tornou-se apenas o sexto tenista da história a conquistar todos os quatro torneios de grand slan (Austrália, Roland Garros, Winbledon e US Open). Mais do que isso, o suíço igualou-se ao americano Pete Sampras, como o homem com maior número de títulos de grand slan (14). Essa conquista foi a prova, para os que insistiam em duvidar, de que Roger é extremamente competente em todos os tipos de piso. Um jogador completo.

Com apenas 26 anos, Roger Federer é o quarto jogador na história com maior número de semanas na liderança do ranking da ATP, mas lidera no quesito semanas consecutivas no topo, com 237.

Em agosto do ano passado ele perdeu a liderança para outro fenômeno, Rafael Nadal, que aos poucos escreve história tão impressionante quanto a do suíço. A diferença entre os dois chegou a mais de quatro mil pontos, mas com a conquista no saibro francês, ela baixou para 2070. Federer já avisou: Vai com tudo para ganhar o seu sexto título de Winbledon, façanha que pode lhe devolver o topo da ATP, dependendo dos resultados de Nadal. Se conseguir vencer Winbledon em 2009, Federer entrará para mais uma galeria restrita, a de tenistas que conquistaram o saibro francês e grama britânica no mesmo ano. Por enquanto, apenas três jogadores conseguiram tal feito: Rod Laver, em 1969, Bjorn Borg, entre 1978 e 1980 (falando em histórico...) e Nadal, no ano passado.

Quem gosta de esportes, aprecia história esportiva e vê Roger Federer em ação, sabe que o título deste texto não trata-se de um exagero. Federer é histórico, simplesmente histórico.


Crédito da foto: © AFP/Getty Image

quinta-feira, 4 de junho de 2009

Enganei os bobos!


A menos de uma semana atrás as escuderias da Fórmula 1 concordaram em enviar seus documentos para se inscreverem no campeonato de 2010, desde que fosse realizado um novo Pacto de Concórdia até o dia 12 de junho. O silêncio de Max Mosley, presidente da FIA (Federação Internacional de Automobilismo) soou para a Fota (Associação das equipes de F-1) como um consentimento. As equipes enviaram a documentação na última sexta-feira e, eis que ontem, Mosley quebrou o silêncio. Quase que como dizendo "enganei os bobos, na casca do ovo."

Mosley afirmou que quem manda é ele, e as regras da Fórmula 1 quem faz é a FIA. As grandes equipes, Ferrari por exemplo, reclamam muito das inúmeras mudanças no regulamento da competição que a FIA impôs a essa temporada e pretende impor à próxima. O principal alvo das reclamações é o teto orçamentário, de R$129 milhões a serem gastos, por equipe, por temporada (descontados gastos com marketing, motores e salários). Max Mosley parece irredutível e responde a todas as reclamações das equipes, especialmente às da Ferrari, sempre com ironia ácida. Uma clara tentativa de mostrar força e impor respeito. Ele parece sentir necessidade disso, especialmente após o ano passado. Em 2008, imagens de Max Mosley comandando uma orgia com temática nazista vazaram pela internet, e dirigentes da Fómula 1 pediram sua saída da FIA. Mosley ficou, e agora parece disposto a dar o troco.

As Fota informou que as equipes ainda não afastaram a possibilidade de não participarem do campeonato de 2010.

Observação pessoal: Tenho a impressão que todas essas mudanças no regulamento feitas pela FIA não passam de pura revanche para cima das equipes que não apoiaram Mosley no escândalo do ano passado, ou seja, as grandes equipes. Essas novas regras freiam o desenvolvimento tecnico das escuderias, pois dificulta a realização de testes e treinos. Assim, parece que a Fómula 1 deixa de se tratar de uma competição para que se defina quem são os melhores, e que esses melhores vençam. A Fórmula 1 passa a ser uma série de tiros no escuro. Em um esporte onde chega-se a mais de 300 Km/h, isso não parece um pouco perigoso? Além do mais, vocês conseguem se empolgar com uma Fórmula 1 sem Ferrari, BMW e MacLaren?

Os dois melhores?


Corinthians e Inter chegaram lá. Estão na grande final da Copa do Brasil de 2009. Há apenas dois jogos para a conquista do segundo maior campeonato nacional e para a garantia de uma vaga na Libertadores do ano que vem. Os dois são, com certeza, os times mais elogiados pela imprensa esportiva no momento. Mas são os melhores?

Não vamos discutir merecimento. Acredito que tal debate é inútil. Se você chegou até a decisão é porque mereceu. A sorte ajuda no futebol, mas há um limite. Têm aqueles exagerados que comparam essa final com a da Champions League, entre Barcelona e Manchester United, ou seja, disputa entre os dois maiores. Um, representante do futebol arte, outro, símbolo do futebol eficiente. Calma lá! E calma lá para os dois lados! O Inter não tem toda essa magia que alguns comentaristas, que algumas vezes se contentam com melhores momentos, gostam de atribuir a ele. E o Corinthians também não é toda essa solidez como outros gostam de dizer. Os dois sofreram para eliminar seus adversários nas semifinais e ambos têm suas limitações.

O Inter tem sim um toque de bola com mais qualidade e possui jogadores criativos com poder de definição. Acontece que isso não tem funcionado em todos os jogos e nem mesmo durante todo um jogo. O colorado têm suas ocilações e a defesa não é tão poderosa.

O Corinthians é sim um time forte. Dificilmente toma gol e funciona muito bem coletivamente. Mas é preciso reparar que depende de jogadores que não são lá um primor técnico e pecam pela irregularidade. Exemplos disso são Douglas, Morais, Alessandro, Jorge Henrique e André Santos.

É difícil cravar que Inter e Corinthiams são os dois melhores times do Brasil no momento. Até porque as diferenças entre os grandes times brasileiros do momento são pequenas. Mas é fácil cravar que são duas ótimas equipes e que esta será uma grande final de Copa do Brasil.


Alguem arrisca palpite?

quarta-feira, 27 de maio de 2009

Os campeões


Na final da Champions League, disputada entre os dois times mais fortes do mundo atualmente, levou a melhor a equipe do ataque mais poderoso. O Barcelona impôs um 2 a 0 para cima do Manchester United, em Roma, evitou o bi-campeonato dos ingleses e conquistou seu terceiro título da liga.
Muito se falará sobre o reencontro de Henry com o bom futebol, a velocidade, a raça e o oportunismo de Eto´o e, claro, sobre a genialidade de Lionel Messi. Tudo de bom que se fale do trio de atacantes barcelonistas nessa temporada é justo. Mas é preciso ressaltar, também, as atuações de dois jogadores considerados, muitas vezes, coadjuvantes do espetáculo. Xavi e Iniesta têm muitos méritos nessa jornada brilhante do Barcelona, com três títulos conquistados (Champions League, Campeonato Espanhol e Copa do Rei). Desde que entraram na equipe, os dois meio-campistas espanhóis demonstram crescimento gradual e constante, ano após ano, que culminou com as conquistas dessa temporada praticamente perfeita. Xavi e Iniesta não podem mais serem vistos como meros coadjuvantes. Eles são os maestros da orquestra. São eles que encaixam o time nos trilhos, para que Messi, Henry e Eto´o atropelem as defesas adversárias. Outro personagem dessa conquista (ou melhor, conquistas) que merece destaque é o técnico Pep Guardiola. Com apenas 36 anos, o ex-jogador do Barcelona assumiu a equipe no início da temporada, sem nunca ter tido experiência como técnico. Uma aposta do presidente Juan Laporta, sem dúvida. Guardiola se mostrou um treinador muito centrado e competente. Sem vaidades, conquistou seus jogadores e armou um sistema de jogo em que explora o melhor de cada uma de suas peças. Assim, foi possível perceber que o Barcelona não sentiu falta de Ronaldinho e Deco, que deixaram o clube ao fim da temporada passada. Guardiola é um técnico de grande futuro pela frente.
O Barcelona é um grande campeão porque venceu um grande adversário. O Manchester United buscava seu quarto título na temporada. Muitos (especialmente brasileiros) vão bradar que essa foi uma vitória do futebol bonito, do ataque contra a defesa. Bobagem! Ninguém chega a tantas conquistas jogando apenas ofensivamente, ou defensivamente. O United não jogava feio, ou para trás. O Barcelona chegou onde chegou porque é um grande time. E é um grande time porque tem equilíbrio entre todos os setores do campo.
Viva Barça! Será teremos um time brasileiro enfrentando os campeões europeus, no mundial?

Crédito da foto: Copyright UEFA 1998-2009

segunda-feira, 18 de maio de 2009

O que acontece com o São Paulo?


Na metade do campeonato Paulista o São Paulo passava a impressão de que teria um grande time em 2009. Parecia que teria um primeiro semestre melhor que nos últimos dois anos. No entanto, vieram as contusões de Rogério Ceni, Zé Luis e Arouca, e o time foi eliminado na semifinal do estadual. Muricy Ramalho, então, teve 17 dias para preparar a equipe. Um treinador que gosta de trabalhar e que vive se queixando da falta de tempo para treinamentos com 17 dias para preparação do time? Era de se esperar que o Tricolor voltasse forte e pronto para o campeonato Brasileiro e para os mata-matas da Libertadores. Não é o que se vê.
O São Paulo fez uma partida apática contra o Fluminense, na primeira rodada do Brasileirão, e foi derrotado por 1 a 0. Ontem, recebeu o Atlético PR e, mais uma vez, não foi bem. Apenas empatou por 2 a 2. Na partida deste domingo o time até criou um bom número de oportunidades de gol, por causa de uma movimentação maior do setor ofensivo em relação a primeira rodada. Não fosse a falta de pontaria, o resultado poderia ter sido positivo. Mas isso não quer dizer que, tecnicamente, a equipe tenha ido bem. Pelo contrário. Sofreu muito contra o Furacão e conseguiu o empate apenas no fim do jogo, com André Lima. Aliás, André Lima têm cinco gols pelo São Paulo, quatro em impedimento, inclusive o de ontem.
O que esse blog não entende é o seguinte: Quando o São Paulo demonstrava uma boa evolução, lá no campeonato Paulista, o time jogava no 4-4-2, com Zé Luis e Júnior César como laterais, Jean e Arouca marcando e cuidando da saída de bola e com Hernanes e Jorge Wagner com mais liberdade para encostar no ataque. Tudo bem que as várias contusões dentro do elenco tem feito com que Muricy mude constantemente o time, mas por que a mudança no esquema? Por que escalar três zegueiros ontem, quando ele tinha sequer três zagueiros à disposição? Por que trazer Jorge Wagner de volta para a ala, quando ele vinha bem no meio e tem o Júnior César para a posição? Por que insistir com Richarlysson na zaga? Por que insistir com o Hugo, que não demonstra a menor disposição em lutar por sua vaga? Essas são perguntas para as quais Muricy terá que encontrar resposta rapidamente, pois na próxima rodada do Brasileirão já tem o clássico contra o Palmeiras, e na sequência tem o primeiro jogo contra o Cruzeiro, pelas quartas de final da Libertadores. O São Paulo vai precisar mostrar mais.

Crédito da foto: Márcio Fernandjes/AE

Ele conseguiu!


Roger Federer é campeão do Masters 1000 de Madri, derrotando Rafael Nadal. è a primeira vitória do suíço sobre o rival desde a final de Winbledon em 2007, e a primeira derrota de Nadal, no saibro, em 32 partidas.
Um grande feito, sem dúvida. Federer fez um jogo perfeito para vencer por 2 sets a 0 e levantar seu primeiro título em 2009. Muitos atribuem ao cansaço esta derrota de Nadal, já que ele havia precisado de mais de quatro horas para eliminar Novak Djokovic, na semifinal. Mas o número um do mundo não dá desculpas. "O que aconteceu hoje é simples: ele foi melhor do que eu. Claro que não ajuda ter jogado quatro horas no dia anterior, mas do jeito que Federer estava hoje, não havia como pará-lo" afirmou após a partida. Com um aproveitamento de 92% no saibro, parecia impossível derrotar Rafael Nadal neste piso. Ele vinha de três títulos seguidos, em Mônaco, Roma e Barcelona. Com essa vitória de Federer, a estatística dos confrontos entre os dois agora marca 13 vitórias do espanhol contra sete do suíço (11 a 5 em decisões). Roger havia sido derrotado nos últimos cinco embates entre eles, todos em finais. Cada um dos dois têm 15 títulos de Masters, ficando atrás apenas de André Agassi, com 17.
Após perder a final do Australian Open (para Nadal) Roger Federer afirmou que jogaria como nunca jogou em Roland Garros, para conquistar o título inédito (único grand slan que falta em seu currículo). Após Madri, sua confiança é ainda maior. Alguém aí sente cheiro de mais uma final entre os dois melhores tenistas do mundo?

Crédito da foto: © Getty Images

terça-feira, 12 de maio de 2009

Pateta da semana: Conmebol


A Confederação Sul Americana de Futebol se esforçou demais para estar na seção Pateta da Semana aqui do blog. E esse esforço não vem de apenas uma semana não, vem já de um bom tempo.
Com os mexicanos Chivas e San Luís classificados para as oitavas de final da Libertadores em pleno surto da gripe suína, os jogos no México foram vetados. Os times teriam que enfrentar São Paulo e Nacional, respectivamente, em campos neutros nos jogos de seus mandos. A Colômbia e o Chile não aceitaram receber as delegações mexicanas, uma decisão um tanto quanto descabida, diga-se de passagem. A Conmebol não tomou nehuma atitude firme, apenas adiou os jogos. O Coritiba se voluntariou a receber os jogos dos mexicanos. Mais uma vez, a Conmebol não tomou uma decisão. Cogitou-se haver dois jogos no Morumbi, e dois em Montevidéu. De novo, a Conmebol ficou calada, como que esperando que os clubes decidissem sozinhos o que deveria acontecer. Finalmente, a Confederação abriu a boca para falar algo "brilhante." Mais ou menos assim: Olha, aparentemente, o surto está controlado. Será que os jogos não podem acontecer no México? A resposta do São Paulo foi a seguinte: "Se pudermos escolher, não vamos ao México, mas se formos obrigados, iremos." Uma boa oportunidade para que a Conmebol tomasse uma decisão, finalmente, certo? Errado. Mais uma vez deixou a decisão para os clubes. Diplomaticamente, o São Paulo tomou a seguinte posição: "Caso a Organização Mundial de Saúde (OMS) nos dê aval, iremos ao México." Acontece que a OMS ainda credita ao país nível 5, que significa risco de pandemia, um nível considerado bastante perigoso. Sem o aval, o tricolor paulista avisou que não jogaria no México. A Conmebol, então, ofereceu a possibilidade de jogo único, o que revoltou Chivas e San Luís. Os dois desistiram, como forma de protesto, e São Paulo e Nacional foram confirmados nas quartas de final da Libertadores.
O torneio está manchado, infelizmente, mas Nacional e São Paulo não tem nada com isso. A culpa é toda da Conmebol, que não tomou decisões firmes quando elas foram necessárias. Essas decisões fazem parte das obrigações de uma confederação. Isso parece óbvio para nós, mas, aparentemente, é uma novidade para a Conmebol. Agora, o órgão máximo do futebol, sul-americano terá que lidar com uma provável crise com a Concacaf.

De novo Ferrari?


Quando achamos que uma equipe gigante como a Ferrari não cometerá mais erros infantis em uma temporada, é aí que ela nos surpreende. Felipe Massa fazia ótima corrida em Barcelona, novamente contra todas as possibilidades, e tinha ótimas chances de pódium, algo que a escuderia ainda não conquistou esse ano. Mas uma falha no equipamento de reabastecimento obrigou o brasileiro a reduzir a velocidade nas últimas voltas para que não ocorresse uma pane seca. Massa passou a virar até cinco segundos mais lento que seus principais adversários e arrastou seu carro para um sexto lugar, conquistando seus primeiros pontos.
É visível e compreensível que a Ferrari têm dificuldades com as novas regras aerodinâmicas dessa temporada, e a restrição aos testes minimiza a possibilidade de melhoras imediatas. Mas falha no reabastecimento, escolha errada de pneus e não entrar em tempo na pista para a classificação no grid (todos esses foram erros que a Ferrari cometeu com Massa nessa temporada) já não têm nada a ver com as novas regras. Essas são proezas da equipe.
Enquanto isso, Jenson Button venceu seu quarto GP, em cinco disputados, e aumentou sua vantagem no campeonato.

Mais da Ferrari

Com tantos problemas junto às novas regras desse ano, a Ferrari não está disposta a passar por isso de novo no ano que vem. A escuderia ameaça não se inscrever para o campeonato de 2010 caso a FIA não reveja o regulamento que pretende implantar para a próxima temporada. Os italianos são contra o teto orçamentário e a chamada regra dupla, que privilegiaria as equipes que acatassem o limite de gastos. Kimi Raikkonen foi o primeiro piloto a falar sobre o assunto, e também se mostrou insatisfeito com o provável regulamento do ano que vem. "Essa não é a Fórmula 1" disse.
O chefão da Fórmula 1, Bernie Eclestone é favorável a um acordo que satisfaça ambas as partes. "A Ferrari não é burra de deixar a Fórmula 1. Eles não querem isso e nós não queremos perdê-los, então teremos de achar uma solução."
Fato é que o teto orçamentário restringe os avanços tecnológicos dentro da categoria, o que sempre foi a marca da Fórmula 1. A restrição aos testes também pode ser perigosa, principalemente com etapas disputadas em circuitos pouco conhecidos, como na Ásia e no Oriente Médio.

Barrichello

Depois de mais uma vitória de seu companheiro, Jenson Button, Rubens Barrichello soltou uma pequena fumaça em meio a suas declarações. Ele disse que se fosse preterido por Button na Brawn se aposentaria, isso para chamar a atenção para a estratégia diferente adotada pela equipe para seu companheiro. Isso é algo que Galvão Bueno e Reginaldo Leme querem muito acreditar. Disseram que a estratégia de Button foi mudada sem que Rubinho soubesse e, assim, Jenson ganhou uma corrida que estava nas mãos do brasileiro. Lembraram que Ross Brawn, dono da equipe, era da turma da Ferrari que concentrava tudo em Shumacher. Essa desculpa, na época da Ferrari e com o Shumacher, dava até para engolir, e muitos torcedores brasileiros até se sensibilizavam com isso. Mas, ser preterido por Button? Na Brawn GP? Essa não cola. Barrichello simplesmente não mostra, nessa temporada, a mesma competência do inglês.

Crédito da foto: Globo.com

quinta-feira, 7 de maio de 2009

4 em 0


Na noite de ontem o Corinthians venceu por 2 a0 o Atlético-PR e avançou às quartas de final da Copa do Brasil. Os dois gols de Ronaldo reverteram a vantagem que os paranaenses tinham conquistado com a itória por 3 a 2 em Curitiba. O Corinthians segue forte, defenitivamente um dos favoritos ao título dessa competição.
Além da vitória e dos gols de Ronaldo, outro fato chamou atenção no jogo de ontem. O segundo gol foi marcado de pênalti, cometido em Ronaldo. Pênalti inexistente, o atacante claramente se joga. É o quarto pênalti marcado para o Corinthians na Copa do Brasil (um por jogo), e os quatro não existiram. Foi assim contra o Itumbiara, em Goiás, contra o pobre Misto, em Campo Grande, e nos dois jogos contra o Atlético. No campeonato Paulista também foram vários os pênaltis mandraques anotados à favor do alvi-negro.
Desde que os árbitros existem eles tem o costume de dar um ajudinha ao clubes grandes. Triste, mas verdade. O que impressiona é esse número à favor do Corinthians: Um pênalti por jogo, nenhum marcado corretamente.
O Corinthians não precisa disso, tem um time forte que caminha bem em suas competições. O Corinthians não precisa disso!

quarta-feira, 6 de maio de 2009

A final


É engraçado como, às vezes, dá a lógica no futebol. Desde o início da temporada Manchester United e Barcelona são apontados como os dois melhores times do mundo. Um hipotético confronto entre eles era celebrado como a final ideal para a Champions League desse ano. E é exatamente isso que vai acontecer.
Uma demonstração de força, pelos times terem confirmado favoritismo e eliminado fortes adversários. Também uma bela ajuda do destino. Não nos esqueçamos que os confrontos de oitavas e quartas de final são decididos por sorteio na Champions League. E esses sorteios terem preparado o caminho para que o confronto esperado, desde o início da competição, acontecesse foi um ótimo capricho.
O Manchester United passou fácil pelo Arsenal, com duas vitórias, sendo que no jogo de volta, em Londres, teve uma atuação avassaladora, principalmente por parte de Cristiano Ronaldo. Não terá desfalques para a decisão (salvo alguma lesão que possa ocorrer no campeonato inglês). Já o Barcelona sofreu para eliminar o Chelsea. Foi com um golaço de Iniesta, já nos acréscimos do jogo em Stanford Bridge, que o time garantiu a classificação, deixando desolados os ingleses que achavam estar com a vaga assegurada. Foi-se a chance de revanche contra o United, que na finalíssima do ano passado bateu os Blues nos pênaltis. O Barça terá desfalques importantes. Os laterais Daniel Alves e Abidal estão suspensos por cartões amarelos, e o zagueiro Rafa Marquez dificilmente se recuperará de lesão no joelho a tempo.
A lógica dizia que a final deveria ser entra Manchester United e Barcelona. Deu certo. Pensando logicamente, quem será o campeão? Aí já é mais difícil prever. A resposta, só no dia 27 de maio, em Roma.

segunda-feira, 4 de maio de 2009

Corinthians campeão paulista. Mas o que isso significa?


Com o empate contra o Santos, neste domingo no Pacaembú, o Corinthians sagrou-se campeão paulista de 2009. E campeão invicto, fato que não acontecia desde o Palmeiras de 1972. Mas olhando para o futuro, para as disputas das competições mais importantes, o que isso significa? O Corinthians relamente voltou?
De fato o campeonato paulista não é parâmetro para determinar a força real de um time. Então é preciso olhar além do resultado em si, prestar atenção aos detalhes.
Mais importante do que não ter perdido no torneio foi o desempenho contra os grandes rivais (4 vitórias e 3 empates), o que mostra o time jogando de igual para igual contra adversários considerados fortes e conseguindo se sobresair. Ter terminado com a melhor defesa da competição (18 gols) pode ser um fato importante, se juntarmos isso com a informação de que com Mano Menezes o Corinthians nunca perdeu por mais de dois gols de diferença. Mostra uma defesa sólida.
Claro que todo o foco centraliza-se em Ronaldo, mas o ataque não é tão maravilhoso assim. Não por causa de seus atacantes. O camisa nove, junto de Dentinho, formam uma dupla de qualidade. Mas o meio-de-campo não é dos mais criativos. É difícil depender de Douglas, Morais e Jorge Henrique, que são muito inconstantes. Por outro lado, Elias e Cristian dão bastante consistência ao setor e têm boa chegada à frente, o que faz a equipe ser bnastante eficiente nos contra-ataques. É preciso lembrar que quando há a necessidade de mudança na dupla de ataque é um Deus nos acuda. Souza, Lulinha e Otacílio Neto são bem fraquinhos. Individualmente, o Corinthians não é um grande time, por isso não é tão simples (como alguns comentaristas acham) afirmar que essa equipe, que acabou de voltar da segunda divisão, está no mesmo nível dos grandes times dos últimos três anos. É fácil sim, perceber o ótimo trabalho de Mano Menezes, que faz esse grupo funcionar bem coletivamente, perdendo poucos jogos. Sinceramente, não coloco o Corinthians no mesmo nível de Cruzeiro, Grêmio, São Paulo e Internacional. Mas também não o coloco muito abaixo deles. Provavelmente o time dará trabalho no campeonato brasileiro, e deve lutar por vaga na Libertadores. Vale lembrar, que na segunda competição mais importante do País, a Copa do Brasil, o Corinthians precisará vencer o Atlético-PR, nesta quarta em São Paulo, para passar às quartas de final, já que perdeu em Curitiba por 3 a 2. Alegria e decepção podem estar separados por um curto período de tempo.
Agora, mesmo com todos esses poréns, acho que dá para dizer sim: O Corinthians voltou.

Crédito da foto: Agência Estado

terça-feira, 28 de abril de 2009

Chicão, Germano e Juan. Os três Patetas


Já faz tempo que estou cansado de atletas adultos, bem pagos e paparicados se comportando como criancinhas mal criadas. O que mais me impressiona é que eles sempre aprontam na frente de um monte de câmeras. Depois, tentam desmentir as imagens ou explicar o inexplicável.
Percebi que toda semana tem sempre algum exemplo disso, principalmente no futebol brasileiro. Sendo assim, decidi criar um sessão semanal aqui no blog: O Pateta da semana. Na estreia tinha que ser especial. Então, são logo os três Patetas da Semana. Chicão, Germano e Juan.

Não dá para entender que, em 2009, os jogadores de futebol ainda acham que conseguem ser malandros, mesmo com dezenas de câmeras os vigiando. Na vila belmiro, domingo passado, pelo primeiro jogo da final do campeonato Paulista, o zagueiro corinthiano Chicão tinha certeza que estava sendo muito malandro ao, "discretamente", tentar acertar, repetidamente, tapas na cabeça do santista Germano. Este, por sua vez, sabia que ninguém veria o soco que ele acertou no rosto de Chicão, em retribuição aos tapas que dele recebeu. O árbitro pode não ter visto. Normal, era uma cobrança de escanteio, muita gente em seu campo de visão. Mas será que eles realmente acham que vão escapar ilesos dessa? o TJD pode demorar (não é mesmo Cristian e Diego Souza?), mas não é possível que eles ainda não tenham aprendido que esse tribunal adora aplicar penas de cento e tantos dias. Prejudicarão seus times e suas carreiras. Parabéns patetas!

E o Juan do Flamengo? Levou um drible do Maicossuel do Botafogo, deu-lhe um pontapé e deitou em cima dele (posição um tanto quanto estranha diga-se de passagem) para, com o dedo na cara do botafoguense, tirar... Satisfações?! Quem ele pensa que é? Mesmo que Maicossuel estivesse passando o pé em cima da bola por brincadeira, não justifica o ato de Juan. Jogador profissional tem que ter calma durante o jogo para não tomar atitudes que possam prejudicar sua equipe. E aguentar provocações faz parte disso. Mas nem foi o caso. Maicossuel aplicou um drible objetivo e em direção ao ataque. Não fosse o chute que levou do flamenguista, chegaria a linha de fundo. Juan é todo nervosinho durante os jogos e não é a primeira vez que toma uma atitude nojenta dessas. E o que será que ele falou pro Maicossuel? "Não pode me driblar! Onde já se viu? Não posso passar por isso!". Driblar não pode, mas se jogar na área para conseguir um pênalti inexistente, cobrá-lo e fazer o gol como se tudo isso fosse normal pode, né Juan?

Esses foram os Patetas da semana. Faço aqui, menção honrosa à Diego Souza, do Palmeiras, e Cristian, do Corinthians, que foram muito patetas nas duas semanas passadas. Diego, o mal perdedor, e Cristian, o mal vencedor.

Mandem sugestõs de patetas dessa semana, e aguardem as pataquadas de nossos atletas para a próxima.

segunda-feira, 27 de abril de 2009

Nem tem graça


No saibro já não tem mais graça. É praticamente impossível que um título disputado nesse piso escape das mãos de Rafael Nadal. No último domingo ele conquistou o pentacampeonato do ATP 500 de Barcelona, ao vencer David Ferrer por 2 sets a 0. Na semana anterior ele já havia conquistado o penta do ATP 1000 de Monte Carlo. Nesta semana inicia a busca pelo quarto título do ATP 1000 de Roma, preparando-se para tentar a quinta conquista consecutiva de Roland Garros, o segundo Grand Slan do ano. Este, seria um feito inédito na história do torneio, que tem o Sueco Bjorn Borg, com quatro títulos consecutivos (mesma façanha de Rafa), como mnaior vencedor.
No saibro seu desempenho é impressionante e sua genialidade indiscutível. São 26 vitórias consecutivas. Em toda a sua carreira são 168 vitórias e apenas 14 derrotas nesse tipo de quadra. Um aproveitamento de 92%. Mas o espanhol não é fantástico apenas nesse piso. As conquistas na grama de Winbledon no ano passado e no cimento da Austrália nesse ano provam sua versatilidade. São 35 títulos na carreira desse jovem tenista de apenas 22 anos. Em agosto de 2008 ele tirou Roger Federer do topo do Ranking da ATP, sendo que o suíço ocupava a primeira posição desde fevereiro de 2004. Desde então Nadal já abriu mais de 4000 pontos de diferença para, o também gênio, Federer.
É impossível chamar Rafael Nadal de "tenista de saibro". Ele joga em altíssimo nível em todas as superfícies. Mas nas outras, no entanto, parece que ainda há emoção e disputas acirradas, ao passo que no saibro, tá difícil o cara perder.

Crédito da foto: Globoesporte.com

domingo, 26 de abril de 2009

Quase lá


Corinthians e Santos chegaram à final do Paulistão jogando bem, mostrando que mereciam estar aqui, como times grandes. Hoje, o Corinthians teve resultado de campeão.
O time não criou mais chances de gol que o adversário, nem sequer teve um número razoável de finalizações, e também não dá para dizer que marcou bem o rival, principalmente se levarmos em conta que o Peixe desperdiçou uma boa quantidade de oportunidades claras de gol. Mas nada disso importa. O que importa é que com os 3 a 1 conquistados na Vila Belmiro, o Corintihians provavelmente se sagrará campeão paulista de 2009 no próximo domingo. Será o primeiro título do clube desde o Brasileirão de 2005. Não há resultados injustos. O que há é a competência. Como quando um time resiste a pressão do adversário (mesmo que seja pela atuação brilhante de seu goleiro) e conclui com precisão suas poucas chances de gol. Há também a falta de competência. Como quando uma equipe cria inúmeras chances para vencer, mas não consegue. Competentes foram Felipe e Ronaldo. O atacante apareceu pouco no jogo, mas quando foi notado em campo, era porque estava marcando seus dois gols decisivos. No lance do primeiro gol, dois toques na bola, no do segundo três, e um golaço.

Em Minas

Outro time que está quase lá é o Cruzeiro, que neste domingo goleou o rival Atlético por 5 a0 no primeiro jogo da final do Campeonato Mineiro. Para perder o título, precisa ser derrotado, no mínimo, pelo mesmo placar.
Muito vinha se falando do Galo do técnico Emerson Leão e do artilheiro Diego Tardelli. O time não perdia a 11 jogos e o atacente é o artilheiro do Brasil, no momento, com 22 gols. O time era coberto de elogios. Mas o fato é o seguinte: O Atlético enfrentou apenas um time grande em 2009, o Cruzeiro. Três vezes. Perdeu as três. Não vence o maior rival há 11 jogos e na final do mineiro do ano passado perdeu pelo mesmo placar o primeiro jogo daquela decisão, para o mesmo Cruzeiro. Campeonatos estaduais e fases iniciais da copa do Brasil não são parâmetros para medir qualidade das equipes. Time grande não pode ser goleado em clássicos decisivos. O Atlético, de tradição e torcida enormes, não tem desempenho de time grande há um bom tempo. Desde de 1999, na verdade, quando foi vice-campeão brasileiro. O Cruzeiro está no grupo de Inter, Grêmio e São Paulo, dos times que parecem ser os mais fortes do País em 2009. PARECEM, porque estaduais, fases iniciais da copa do Brasil... e primeira fase da Libertadores, não são parâmetros decentes de qualidade.

Crédito da foto: Ernesto Rodrigues A/E

domingo, 19 de abril de 2009

Decisão


Corinthians e Santos farão a final do Campeonato Paulista de 2009. E os dois times chegam a decisão sem deixar dúvidas, para torcedores, rivais e imprensa, de seu merecimento. Os alvi-negros foram muito bem nas semifinais e venceram seus dois jogos, mostrando força e bom futebol.
No sábado, no Palestra Itália, os mais desavisados esperavam um Santos apenas na defensiva, jogando pelo empate, contra o Palmeiras. Mas um time grande não poderia ficar recuado apenas aguardando pelos golpes do adversário. Como time grande que é, o Peixe não fez isso. Marcou forte sim, mas no campo do Palmeiras. Gastou o tempo tocando a bola, no ataque. Assim, o Santos amenizou o ímpeto palmeirense de atacar e esfriou a torcida que lotou o Palestra. Os dois gols sairam naturalmente, em um jogo em que Neymar, Madson e Paulo Henrique jogaram demais. Fábio Costa tomou um frango histórico, é verdade. Daquele tipo que é a definição de frango. Mas a classificação já estava assegurada. Lamentável foi o comportamento de Diego Souza. O jogador foi expulso por discutir com Domingos (que acabara de entrar). As expulsões, diga-se de passagem, foram de um preciosismo ridículo de Sálvio Espíndola, um árbitro que não sabe controlar o jogo sem dar cartões desnecessários e marcar faltas inexistentes. Após a expulsão, Diego ficou enlouquecido e queria briga a todo o custo com Domingos. Seus companheiros tiveram muito trabalho para tirá-lo de campo. Inconformado, Diego pulou a placa de publicidade, voltou ao gramado e deu um pontapé em Domingos, que estava de costas para ele. Diego Souza é um jogador de muita qualidade técnica, mas suas principais "jogadas", em partidas importantes, são: Se atirar simulando faltas, reclamar com árbritos e tentar acertar cotoveladas. Precisa de punição severa. Já nesse domingo, em um jogo arbitrado perfeitamente por Wilson Seneme, o Corinthians eliminou o São Paulo, no Morumbi. O time esteve muito bem, e conseguiu segurar a pressão do Tricolor, que jogou bem o primeiro tempo. Na segunda etapa, em dois contra-ataques executados com perfeição, o Corinthinas fez dois a zero. A partir daí, de maneira decepcionante, o São Paulo desistiu do jogo, nem sequer esboçou reação. Time grande não pode sentir tanto quando leva gols em decisão. O jogo entre Chelsea e Liverpool, pelas quartas de final da Uefa Champions League, mostrou que cinco minutos são suficientes para reações incríveis, se os times se entregarem. O São Paulo tinha mais de meia hora. Essa derrota foi normal e não pode afetar o desempenho da equipe na Libertadores. Seria ridículo. O Corinthians cresceu no momento certo. Depois de fazer uma série de jogos pífeos e enfadonhos na primeira fase, fez duas ótimas partidas nessa semifinal e chega com muita força para a decisão.
Os jogos finais prometem muito. O Corinthians tem a vantagem do empate no resultado agregado e joga a volta em casa. Se bem que isso não beneficiou em nada a Palmeiras e São Paulo. O Santos também cresceu na hora h. Depois de quase ficar de fora das semifinais, a equipe jogou muito contra o verdão. Os garotos Neymar e Paulo Henrique tornaram-se decisivos mais cedo do que se esperava, e a velocidade de Madson é impressionante. A vitória, será do campeonato.

Alguém arrisca palpite sobre quem será o campeão?

Crédito da foto: Nilton Fukuda A/E

Mas a Ferrari não ajuda


Contra todas as possibilidades, Felipe Massa fazia uma excelente corrida. Largando em 13 em uma pista toda molhada, com visibilidade quase zero e em carro pouco confiável, Massa pilotava muito bem. E com uma boa estratégia, tinha chances de um bom resultado. Da décima terceira posição, ele saltou para terceiro, faria apenas uma parada nos boxes (contra duas dos carros a sua frente) e o safety car estava na pista, o que encurtou a distância entre ele e o primeiro colocado. Ou seja, as chances de vitória no GP da China eram reais. Mas, a 36 voltas do final, sua Ferrari simplesmente para. Uma pane elétrica deixou Felipe a pé e arruinou a primeira chance de um bom resultado da equipe nessa temporada. Nenhum ponto em três corridas. Isso não acontecia desde 1981, evidenciando que a equipe ainda não consegue entregar um carro competitivo a seus pilotos. Nessa mesma corrida, Raikkonen teve dificuldades com o motor e terminou apenas em décimo. Antes da largada Massa avisou: "Será uma corrida em que precisarei ser paciente, e eu não costumo ser." Mas ele foi, e com ótima pilotagem dava uma chance de vitória, inédita nesse ano, para a Ferrari. Felipe mostrou, de novo, que tem piloto talentoso dirigindo o carro vermelho. Agora falta os italianos darem uma ajudinha a ele.
Destaque da corrida foi a RBR, que fez a dobradinha com Vettel em primeiro e Weber em segundo. A RBR mostra um carro em plena evolução, sem o KERS e, ainda, sem o difusor usado pela Brawn. O jovem alemão Vettel mostra que tem muito talento.

Confira o resultado completo do GP da China e classificação do mundial de pilotos:
GP da China - Resultado

1 Sebastian Vettel (ALE/Red Bull) - 56 voltas, em 1h57min43s485
2 Mark Webber (AUS/Red Bull) - a 10s9
3 Jenson Button (GBR/Brawn) - a 44s9
4 Rubens Barrichello (BRA/Brawn) - a 1min03s7
5 Heikki Kovalainen (FIN/McLaren) - a 1min05s1
6 Lewis Hamilton (GBR/McLaren) - a 1min11s8
7 Timo Glock (ALE/Toyota) - a 1min14s4
8 Sebastien Buemi (SUI/Toro Rosso) - a 1min16s4
9 Fernando Alonso (ESP/Renault) - a 1min24s3
10 Kimi Raikkonen (FIN/Ferrari) - a 1min31s7
11 Sebastien Bourdais (FRA/Toro Rosso) - a 1min34s1
12 Nick Heidfeld (ALE/BMW) - a 1min35s8
13 Robert Kubica (POL/BMW) - a 1min46s8
14 Giancarlo Fisichella (ITA/Force India) - a 1 volta
15 Nico Rosberg (ALE/Williams) - a 1 volta
16 Nelsinho Piquet (BRA/Renault) - a 2 voltas

Mundial de pilotos:

1 Jenson Button (GBR/Brawn) - 21 pontos
2 Rubens Barrichello (BRA/Brawn) - 15
3 Sebastian Vettel (ALE/Red Bull) - 10
4 Timo Glock (ALE/Toyota) - 10
5 Mark Webber (AUS/Red Bull) - 9,5
6 Jarno Trulli (ITA/Toyota) - 8,5
7 Nick Heidfeld (ALE/BMW) - 4
8 Fernando Alonso (ESP/Renault) - 4
9 Heikki Kovalainen (FIN/McLaren) - 4
10 Lewis Hamilton (GBR/McLaren) - 4
11 Nico Rosberg (ALE/Williams) - 3,5
12 Sebastien Buemi (SUI/Toro Rosso) - 3
13 Sebastien Bourdais (FRA/Toro Rosso) - 1

Crédito da foto: Globo.com

sábado, 18 de abril de 2009

Um campeonato decidido?


Na última quarta-feira, dia 15, a FIA decidiu que os difusores usados pelas equipes Brawn, Williams e Toyota são legais. A peça usada por essas três equipes tem um formato diferente daquela usada pelas demais. Uma abertura, no meio dela, que facilita a entrada e saída de ar, na parte traseira do carro. Sem dúvida tráz maior estabilidade aos carros, o que explica, em parte, o bom desempenho dessas equipes. Flávio Briatore, chefe da Renault, afirmou que, assim, o campeonato já está decidido. Button venceria as próximas quatro corridas e o restante da temporada seria sem graça. Ele até apelou para os patrocinadores do evento, indagando sobre como os investidores e televisões se sentiriam sabendo que seu produto perdera apelo.
Pois bem. O resultado dos treinos oficiais para o GP da China "discordaram" um pouco de Briatore. O pole é o jovem piloto alemão Sebastian Vettel, da RBR, carro que usa o difusor "normal". Seu companheiro Mark Webber conseguiu a terceira colocação. Mais surpreendente, seguindo o raciocínio do chefão da Renault, foi ver Fernando Alonso, seu piloto, marcando o segundo melhor tempo. Os pilotos da Brawn, líderres da temporada, ficaram um pouco para trás. Rubens Barrichello sairá na quarta posição e Jenson Button na quinta.
Talvez o campeonato esteja decidido da seguinte maneira: Ferrari e McLaren não disputarão o título. A não ser que que as escuderias apresentem inovações aerodinâmicas urgentemente, pois seus carros não passam a menor confiança dentro das pistas. Felipe Massa largará em 13° e seu companheiro, Kimi Raikkonen, em 8°, confirmando o pessimismo do piloto brasileiro nos treinos livres de sexta. "Sem o difusor novo não há chances" disse Massa. Hamilton em 9° e Kovalainen em 12° completaram o resultado desastroso das principais potências das últimas temporadas. Mesmo antes da FIA ter decidido que os difusores utilizados por Brawn, Williams e Toyota eram regulares, havia informações de que todas as outras equipes já trabalhavam para desenvolverem peça similar para seus carros, com propósito de utilizá-las no início das corridas européias (Espanha, 10 de maio, daqui a duas corridas). Aparentemente, a RBR tem o projeto mais adiantado. Parece que o campeonato ainda pode ter viradas e emoções, não é mesmo Briatore?
Alguém arrisca palpites para a corrida que acontece nesse domingo, às 4 da manhã, horário de Brasília (ô horário ingrato!)?

Confira o grid de largada para o GP da China:

1 Sebastian Vettel (ALE/Red Bull) - 1min36s184
2 Fernando Alonso (ESP/Renault) - 1min36s381
3 Mark Webber (AUS/Red Bull) - 1min36s466
4 Rubens Barrichello (BRA/Brawn) - 1min36s493
5 Jenson Button (GBR/Brawn) - 1min36s532
6 Jarno Trulli (ITA/Toyota) - 1min36s835
7 Nico Rosberg (ALE/Williams) - 1min37s397
8 Kimi Raikkonen (FIN/Ferrari) - 1min38s089
9 Lewis Hamilton (GBR/McLaren) - 1min38s595
10 Sebastien Buemi (SUI/Toro Rosso) - 1min39s321
11 Nick Heidfeld (ALE/BMW) - 1min35s975 (Q2)
12 Heikki Kovalainen (FIN/McLaren) - 1min36s032 (Q2)
13 Felipe Massa (BRA/Ferrari) - 1min36s033 (Q2)
14 Kazuki Nakajima (JAP/Williams) - 1min36s193 (Q2)
15 Sebastien Bourdais (FRA/Toro Rosso) - 1min36s906 (Q1)
16 Nelsinho Piquet (BRA/Renault) - 1min36s908 (Q1)
17 Robert Kubica (POL/BMW) - 1min36s966 (Q1)
18 Adrian Sutil (ALE/Force India) - 1min37s669 (Q1)
19 Timo Glock (ALE/Toyota) - 1min36s066 (Q2)***
20 Giancarlo Fisichella (ITA/Force India) - 1min37s672 (Q1)

*** penalizado com a perda de cinco posições no grid por trocar a caixa de câmbio

Crédito da foto: Reuters

segunda-feira, 13 de abril de 2009

E começou o Paulistão


Sim, o Campeonato Paulista já está nas semifinais, mas parece que só agora ele começou. Disputado por um número excessivo de equipes (20) , sendo muitas delas de qualidade questionavel, a primeira fase do torneio não chama muita atenção. Principalmente com os quatro grandes claramente priorizando Libertadores ou Copa do Brasil. Vários torcedores, inclusive, chamam o campeonato de Paulistinha. Mas com Palmeiras, São Paulo, Corinthians e Santos se enfrentando nas fases finais, aí a situação muda.
O jornalista Mauro Cezar Pereira costuma dizer qua alguns jogos têm brilho próprio, ou seja, eles transcendem a importância da competição. Os clássicos regionais são um grande exemplo disso. Tanto Santos e Palmeiras quanto Corinthians e São Paulo fizeram grandes jogos. Na Vila, um jogo mais leve e veloz, com mais chances de gols. No Pacaembu, mais marcação e cadência e decisão no último minuto. Rivalidade, tensão e boas jogadas não faltaram. As partidas foram realmente boas e o próximo fim-de-semana promete ainda mais emoção e empolgação, quando serão decididos os finalistas. Santos e Corinthians agora podem empatar para garantirem a vaga, enquanto Palmeiras e São Paulo precisam de vitória simples para reverter o prejuízo. Os estádios estiveram cheios nos primeiros dois jogos das semifinais e, com certeza, também estarão lotados para os próximos dois. A empolgação dos profissionais transmitindo as partidas, assim como a dos atletas, técnicos e dirigentes envolvidos nessas decisões, são evidentemente diferentes da demonstrada no início da campeonato, deixando claro que o Paulistão começou agora. Aqueles 19 enfadonhos jogos da primeira fase, esses sim faziam parte do Paulistinha.

Alguém se arrisca a dizer qual será a final do Paulistão?

Crédito da foto: Eduardo Nicolau A/E