terça-feira, 11 de agosto de 2009

Não é o desmanche, é a realidade


Há algumas semanas torcedores, e alguns jornalistas, têm falado muito sobre um desmanche no elenco do Corinthians. A queda de rendimento do time no Campeonato Brasileiro comprova que a diretoria errou ao vender três de seus jogadores titulares. Mas a verdade é que o êxodo da equipe não é tão grande. O problema, é que o elenco não era tão bom.

O Corinthians não foi o melhor time do primeiro semestre por possuir o melhor elenco. Longe disso. Ele foi o melhor por conta de uma grande trabalho de seu técnico, Mano Menezes, que iniciou a preparação para esta temporada em dezembro do ano passado. O forte da equipe era o conjunto, que tinha como cereja no topo do bolo, simplesmente, Ronaldo.

Mesmo em sua melhor fase ficava claro que o Corinthians não possuía grandes peças de reposição, e sofria quando necessitava delas. Mesmo os jogadores considerados titulares não podiam ser considerados grandes atletas. Isso deixa mais claro ainda a força coletiva que a equipe possuía, pois realizou grandes partidas e venceu o Campeonato Paulista e a Copa do Brasil com jogadores, na sua maioria, medianos.
As reclamações e cornetagens passam a impressão que o Corinthians deixou grandes craques irem embora. André Santos, Cristian e Douglas são grandes jogadores? Aonde eles se destacaram antes do Corinthians? Em times pequenos ou médios. Não dá para dizer que o time está mal pela falta da qualidade desses atletas. O fato é que o elenco é pequeno e não tem muita qualidade. Perder três titulares prejudica a coletividade, o ponto alto do trabalho de Mano Menezes. Sem Ronaldo então, que está se recuperando de cirurgia na mão e de lipoaspiração, a coisa fica menos qualificada ainda.


É preciso ressaltar que o Corinthians não tinha 100% dos direitos federativos dos atletas que foram vendidos. Eles, como a maioria dos jogadores, hoje em dia, eram “fatiados” entre vários empresários diferentes. Por isso o time também não arrecadou muito.

Mas é possível fazer uma reflexão. Por que o Corinthians tem um elenco defasado? Seria pela opção em usar quase 100% do dinheiro que recebe dos patrocinadores secundários para pagar os salários de Ronaldo? O fenômeno recebe mais de R$ 1 milhão por mês. Será que vale a pena, a longo prazo? O restante do Campeonato Brasileiro e a campanha do ano que vem é que responderão.

sábado, 1 de agosto de 2009

No hall dos maiores


Não que ele precisasse. Mas neste sábado, 1° de agosto, César Cielo provou que não é apenas um ídolo do esporte brasileiro. Ele é um dos grandes do esporte mundial.

Ao conquistar a medalha de ouro nos 50m livres do mundial de Roma, Cielo tornou-se apenas o segundo nadador da história a ser campeão olímpico e mundial da categoria. Antes dele só o russo Alexander Popov havia conseguido esse feito. Nas olimpíadas de Barcelona em 1992 e, dois anos depois, no mundial de Roma. A mesma Roma em César fez história.

Cielo se colocou ao lado de Popov, um dos maiores velocistas da história da natação. Seu recorde olímpico, estabelecido em Barcelona, durou quatro olimpíadas. Foi exatamente Cielo quem o quebrou, em Pequim, no ano passado.

Michael Phelps, já o maior nadador da história, afirmou. Entre os velocistas, César Cielo é o cara. “He´s the real deal”, disse o mega campeão.

Cielo é celebrado na Europa, nos EUA e na Austrália. Isso porque reconhecem sua técnica e brilhantismo. Isso, porque César ultrapassa a barreira de seu país. Ele não é apenas um ídolo brasileiro, ele é um ídolo do esporte mundial.


César Cielo se colocou no hall dos maiores.

Crédito da foto: EFE