segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Será que é hora de questionar o nível?


Ao conquistar de maneira inquestionável do título do US Open, no último domingo (13), a belga Kim Cijsters acabou levantando, sem intenção nenhuma, discussão polêmica. O nível do ranking feminino de tênis está em baixa?

Esse questionamento já havia sido feito no ano passado quando a sérvia Jelena Jankovic assumiu a liderança do ranking sem nunca ter conquistado um título de grand slan. Esta situação segue, com a russa Dinara Safina como líder. Neste domingo, Kim Clijsters conquistou o US Open após ter ficado parada por dois anos e meio. Após ter feito bela carreira entre o final dos anos 90 e o início deste século, a belga anunciou sua aposentadoria porque queria ser mãe. Este ano decidiu que queria voltar ao circuito. E no seu terceiro torneio apenas, sagrou-se campeã demonstrando clara superioridade. Nunca antes uma tenista não ranqueada havia vencido um grand slan. A própria Clijsters afirmou que não esperava a vitória. “Tinha voltado para ver como estavam as coisas, para recuperar sensações”.

Duas coisas devem ser consideradas. Primeiro que o caminho de Clijsters foi facilitado pela queda precoce de favoritas como Maria Sharapova, Kusnetsova e Dementieva. Segundo que ela sempre foi uma tenista de topo, por isso não é uma surpresa ela mostrar qualidade em sua volta. Mas, mesmo assim, é até compreensível alguns torcedores e especialistas questionarem o nível técnico do tênis feminino atual.

Comparar o ranking feminino com o masculino é injusto e, até mesmo, impossível. Podemos comparar situações. Por exemplo, é inconcebível imaginarmos um tenista como primeiro colocado sem ter conquistado um dos quatro torneios mais importantes do ano. É difícil imaginarmos um tenista disputando poucos campeonatos e seguindo entre os primeiros, como acontece com Serena Williams.

Depois de erguer a taça, Kim Clijsters não falou sobre projetos de carreira, ou disputa de próximos campeonatos. Ela falou apenas em “recuperar a rotina de família”. Enquanto isso, torcemos para que Maria Sharapova, Ana Ivanovic, Jelena Jankovic e Elena Dementieva, entre outras, recuperem o alto nível que sabemos que têm, para voltarem a abrilhantar o ranking feminino.

3 comentários:

  1. É aquela velha história: "Em terra de cego, quem tem um olho vai a Roma".

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  2. Acho que essa história de que "n°1 do raking tem que ter, ao menos, 1 título de Grand Slam" é balela! É só analisar o caso da Ana Ivanovic, por exemplo... Uma tenista que conseguiu vencer, em 2008, o Grand Slam mais difícil (Roland Garros) e conquistar o posto de n°1... E depois disso? O que ela fez para se provar como uma verdadeira campeã? Absolutamente NA-DA!
    É claro que tenistas como Jankovic e Safina não merecem atingir essa posição... Mas não acho que seja apenas porque são tenistas que não possuem título de Grand Slam... É sim por que são tenistas que não têm têm o perfil de uma verdadeira campeã.
    É isso que falta ao circuito: meninas que entrem em quadra sem medo das Williams da vida!Porque de tenistas talentosas a WTA está CHEIA (haja visto Wozniaki, Sharapova, Zvonareva, Dementieva...).

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  3. Mas que a final masculina foi muito mais empolgante, ah isso foi. O destempero da Serena talvez tenha até tirado um pouco do brilho da festa, mas a belga mereceu o título e, provavelmente, voltará ao top 10 mais rápido do se esperava. Acho que ela própria não esperava isso. E o danado do argentino jogou muito contra o Federer.

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