terça-feira, 12 de maio de 2009

De novo Ferrari?


Quando achamos que uma equipe gigante como a Ferrari não cometerá mais erros infantis em uma temporada, é aí que ela nos surpreende. Felipe Massa fazia ótima corrida em Barcelona, novamente contra todas as possibilidades, e tinha ótimas chances de pódium, algo que a escuderia ainda não conquistou esse ano. Mas uma falha no equipamento de reabastecimento obrigou o brasileiro a reduzir a velocidade nas últimas voltas para que não ocorresse uma pane seca. Massa passou a virar até cinco segundos mais lento que seus principais adversários e arrastou seu carro para um sexto lugar, conquistando seus primeiros pontos.
É visível e compreensível que a Ferrari têm dificuldades com as novas regras aerodinâmicas dessa temporada, e a restrição aos testes minimiza a possibilidade de melhoras imediatas. Mas falha no reabastecimento, escolha errada de pneus e não entrar em tempo na pista para a classificação no grid (todos esses foram erros que a Ferrari cometeu com Massa nessa temporada) já não têm nada a ver com as novas regras. Essas são proezas da equipe.
Enquanto isso, Jenson Button venceu seu quarto GP, em cinco disputados, e aumentou sua vantagem no campeonato.

Mais da Ferrari

Com tantos problemas junto às novas regras desse ano, a Ferrari não está disposta a passar por isso de novo no ano que vem. A escuderia ameaça não se inscrever para o campeonato de 2010 caso a FIA não reveja o regulamento que pretende implantar para a próxima temporada. Os italianos são contra o teto orçamentário e a chamada regra dupla, que privilegiaria as equipes que acatassem o limite de gastos. Kimi Raikkonen foi o primeiro piloto a falar sobre o assunto, e também se mostrou insatisfeito com o provável regulamento do ano que vem. "Essa não é a Fórmula 1" disse.
O chefão da Fórmula 1, Bernie Eclestone é favorável a um acordo que satisfaça ambas as partes. "A Ferrari não é burra de deixar a Fórmula 1. Eles não querem isso e nós não queremos perdê-los, então teremos de achar uma solução."
Fato é que o teto orçamentário restringe os avanços tecnológicos dentro da categoria, o que sempre foi a marca da Fórmula 1. A restrição aos testes também pode ser perigosa, principalemente com etapas disputadas em circuitos pouco conhecidos, como na Ásia e no Oriente Médio.

Barrichello

Depois de mais uma vitória de seu companheiro, Jenson Button, Rubens Barrichello soltou uma pequena fumaça em meio a suas declarações. Ele disse que se fosse preterido por Button na Brawn se aposentaria, isso para chamar a atenção para a estratégia diferente adotada pela equipe para seu companheiro. Isso é algo que Galvão Bueno e Reginaldo Leme querem muito acreditar. Disseram que a estratégia de Button foi mudada sem que Rubinho soubesse e, assim, Jenson ganhou uma corrida que estava nas mãos do brasileiro. Lembraram que Ross Brawn, dono da equipe, era da turma da Ferrari que concentrava tudo em Shumacher. Essa desculpa, na época da Ferrari e com o Shumacher, dava até para engolir, e muitos torcedores brasileiros até se sensibilizavam com isso. Mas, ser preterido por Button? Na Brawn GP? Essa não cola. Barrichello simplesmente não mostra, nessa temporada, a mesma competência do inglês.

Crédito da foto: Globo.com

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