quarta-feira, 27 de maio de 2009

Os campeões


Na final da Champions League, disputada entre os dois times mais fortes do mundo atualmente, levou a melhor a equipe do ataque mais poderoso. O Barcelona impôs um 2 a 0 para cima do Manchester United, em Roma, evitou o bi-campeonato dos ingleses e conquistou seu terceiro título da liga.
Muito se falará sobre o reencontro de Henry com o bom futebol, a velocidade, a raça e o oportunismo de Eto´o e, claro, sobre a genialidade de Lionel Messi. Tudo de bom que se fale do trio de atacantes barcelonistas nessa temporada é justo. Mas é preciso ressaltar, também, as atuações de dois jogadores considerados, muitas vezes, coadjuvantes do espetáculo. Xavi e Iniesta têm muitos méritos nessa jornada brilhante do Barcelona, com três títulos conquistados (Champions League, Campeonato Espanhol e Copa do Rei). Desde que entraram na equipe, os dois meio-campistas espanhóis demonstram crescimento gradual e constante, ano após ano, que culminou com as conquistas dessa temporada praticamente perfeita. Xavi e Iniesta não podem mais serem vistos como meros coadjuvantes. Eles são os maestros da orquestra. São eles que encaixam o time nos trilhos, para que Messi, Henry e Eto´o atropelem as defesas adversárias. Outro personagem dessa conquista (ou melhor, conquistas) que merece destaque é o técnico Pep Guardiola. Com apenas 36 anos, o ex-jogador do Barcelona assumiu a equipe no início da temporada, sem nunca ter tido experiência como técnico. Uma aposta do presidente Juan Laporta, sem dúvida. Guardiola se mostrou um treinador muito centrado e competente. Sem vaidades, conquistou seus jogadores e armou um sistema de jogo em que explora o melhor de cada uma de suas peças. Assim, foi possível perceber que o Barcelona não sentiu falta de Ronaldinho e Deco, que deixaram o clube ao fim da temporada passada. Guardiola é um técnico de grande futuro pela frente.
O Barcelona é um grande campeão porque venceu um grande adversário. O Manchester United buscava seu quarto título na temporada. Muitos (especialmente brasileiros) vão bradar que essa foi uma vitória do futebol bonito, do ataque contra a defesa. Bobagem! Ninguém chega a tantas conquistas jogando apenas ofensivamente, ou defensivamente. O United não jogava feio, ou para trás. O Barcelona chegou onde chegou porque é um grande time. E é um grande time porque tem equilíbrio entre todos os setores do campo.
Viva Barça! Será teremos um time brasileiro enfrentando os campeões europeus, no mundial?

Crédito da foto: Copyright UEFA 1998-2009

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