quinta-feira, 2 de abril de 2009

Este São Paulo irrita, mas é forte


Primeiro tempo. O São Paulo massacra o Guaratinguetá no Morumbi. Jogando com os dez jogadores de linha no campo de ataque, o tricolor cria inúmeras chances de gol. Só Dagoberto perdeu quatro oportunidades claras antes de, finalmente, aos 43 minutos, abrir o marcador para os donos da casa. Se, dois minutos depois, Washington não tivesse, de maneira estabanada, metido a mão na bola dentro de sua área, o jogo teria terminado por aí. Mas como Nenê cobrou bem o pênalty, empatando para o Guará, o São Paulo teve que fazer mais um pouco de força. Mas nem tanto, já que logo aos nove minutos da segunda etapa Washington se redimiu e, de cabeça, marcou seu 12° gol no campeonato paulista (é o artilheiro ao lado de Keirrison, do Palmeiras).
Início do segundo tempo, 2X1 para o tricolor. A partir daí o São Paulo cozinha o jogo da maneira que quer, apenas tocando a bola, esperando pelo ataque do adversário para, talvez, sair em contra-ataque. Isso irrita, e muito, a quem está assistindo, pois deixa a partida monótona. Mas isso não deve ser confundido com fragilidade. Este São Paulo irritante joga com confiança, e já provou isso contra o América, em Cali, contra o Defensor em Montevidéu e contra o Palmeiras.
Jorge Wagner disse essa semana que o tricolor acordou mais cedo este ano, fazendo comparação com os últimos dois anos, nos quais o time teve participações pífeas no estadual e na Libertadores antes de engrenar e conquistar o Campeonato Brasileiro. Acordado ou não, a impresão que se tem é a de que este São Paulo é melhor do que o do primeiro semestre do ano passado. Washington é um atacante muito eficiente, Arouca é uma opção para dar mais qualidade ao passe que vem de trás e Júnior César é o lateral-esquerdo que tanto faltou a Muricy nas últimas temporadas. O jovem Jean se consolidou como ótimo primeiro volante e Jorge Wagner, atuando como meia e não como ala, não se restringe a cruzar bolas na área. Ele faz bons passes no chão e se movimenta mais, se aproximando dos atacantes.
O time precisa de ajustes. Dagoberto tem que ser mais eficiente, Zé Luis ainda não se consolidou como lateral-direito e Rodrigo caiu muito de produção, desde o Brasileirão passado. Mas o fato é que Muricy Ramalho tem mais opções para montar seu time. Ele, inclusive, tem conseguido variar o esquema da equipe, do 3-5-2 para o 4-4-2, sem perder confiança.
Este ano o São Paulo pode ter mais sorte nos torneios do primeiro semestre. Mostra mais condições do que nos anos passados. Mas, é provável, que siga irritando a audiência, pelo menos por enquanto.

Alguém acha que este São Paulo não é forte? Qual o diagnóstico de vocês?

Crédito da foto: Wander Roberto/Vipcomm/Divulgação

3 comentários:

  1. É, mesmo sendo santista eu concordo. Aliás, se o santos conseguir passar para a fase seguinte, deverá pegar o Palmeiras, o que considero menos ruim do que enfrentar o São Paulo, que acho, um time mais consistente. Entretanto, assim como o Santos, tem o poder de me irritar durante o jogo, pela falta de concentração e efetividade.

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  2. O São Paulo é e sempre será um time muito perigoso e muito forte, pois sua infra estrutura é muito bem esquematizada e certamente uma das mais profissionais e sérias do Brasil, mas q como todos os outros times, em início de temporada , ainda está se estruturando. Quem dera meu Coringão ter ao menos a metade da seriedade e profissionalismo do São Paulo....as coisashão de melhorar, assim espero...

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  3. Vai dar São Paulo por ser o time mais entrosado,além do que a estratégia do Muricci de por o Richardson no pé do Ronalducho será decisiva.

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